segunda-feira, 28 de maio de 2012

Saúde

Trabalhadores sofrem de esgotamento profissional


Outras vítimas frequentes são os professores e os empregados do comércio
O sujeito trabalha há tempos na mesma função, sem grandes problemas, mas, em algum momento, sente que a demanda aumentou e precisa se esforçar mais. Por mais que se esforce, a pressão por resultados, somada com a necessidade de lidar com os clientes, parece exigir sempre mais dedicação do que ele pode dar. Ele sente que todo o trabalho não é recompensado - nem em dinheiro, nem em reconhecimento. Colegas e superiores, não raro, tornam-se adversários. E quando ele sai do seu local de trabalho, a tensão vai junto com ele. É a síndrome do esgotamento profissional, também conhecida pelo nome original de burnout.

Identificada nos anos 70, a síndrome do esgotamento profissional envolve uma série de sintomas, como fadiga constante, dores de cabeça e musculares, sensação de vazio, depressão, distúrbios no sono - males que podem ter diversas origens. A síndrome pode ser identificada quando se percebe que a origem de todos os sintomas é o trabalho.

Para não ser tratado simplesmente como depressão ou estresse, um diagnóstico de síndrome de esgotamento profissional envolve três componentes: exaustão emocional, falta de realização pessoal e despersonalização. Enquanto os dois primeiros são autoexplicativos, para a despersonalização cabe um esclarecimento: é quando o trabalhador deixa de ver a si mesmo e aos outros como pessoas e passa a tratar aqueles que o cercam com indiferença. "A pessoa se sente uma máquina", explica o enfermeiro Marcelo Dias das Neves, que acaba de publicar um artigo sobre a síndrome.

Especializado em Enfermagem do Trabalho, Neves focou o estudo na sua própria categoria - a enfermagem -, uma das mais atingidas pelo esgotamento profissional. Outras vítimas frequentes são os professores e os empregados do comércio, profissões com uma característica comum.

Fonte: Diário Popular/RS

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