terça-feira, 3 de julho de 2012


Brasil envelhecendo

Os últimos números oficializados pelo IBGE mostram o progressivo envelhecimento da população brasileira, considerando o aumento de idosos em relação aos demais grupos. Esse crescimento vem chamando a atenção, quer pela redução drástica do número de filhos tidos pelos casais, especialmente da área rural, onde as famílias eram compostas por sete, oito ou mais pessoas. A situação crítica que atravessa a área rural, faz com que famílias tenham menor número de dependentes.
Outro fato que consideramos de maior importância e, até mesmo vital, para o estabelecimento desses números está localizado justamente na área urbana e focado diretamente na evolução do tráfico e consumo de drogas, que vem devastando parcela importante da população jovem, e que, infelizmente, já estendeu seus braços para o campo, além do trafego nas estradas, também, causador de números impressionantes de acidentes fatais onde, mais de 70% atinge a faixa entre 17 e 28 anos.
Dentro dessa tendência, é natural que exista uma mudança drástica, com crescimento contínuo dos números sobre a população brasileira. Menor índice de nascimentos, maior número de falecimentos de jovens e, aliado a tudo isso, a maior expectativa de vida do idoso.
Parece-nos que é muito difícil uma reversão no que diz respeito à famílias com grande número de filhos, pois a tendência é de redução, oferecendo aos pais melhores condições de criação e educação, até mesmo porque ficou longe o tempo em que a atividade rural era exercida por pessoas que simplesmente tinham naquilo que apreenderam com os pais e avós a prática para a atividade agrícola ou da pecuária. Hoje essa atividade necessidade de um conhecimento de maior profundidade, pois a tecnologia invadiu o campo e o simples manejo de um trator ou de uma camioneta, faz com que o operador e motorista tenha conhecimento de computação, além de outros, assim como já acontece no setor pesqueiro.
No lado urbano, há necessidade do encontro de forma eficaz para combate às drogas e, ainda a elaboração de programas educativos que atinjam o motorista, especialmente o jovem, para que tenhamos menos acidentes nas estradas e, com isso, a preservação da vida,  possa oferecer melhor equilíbrio no que se refere às faixas populacionais, sob pena da lamentável continuidade da perda maior de jovens, vítimas do descalabro do transito, fazendo com que o prato da balança mostre maior tendência de peso para quem já passou dos 60 anos, considerados como a divisa entre a idade adulta e a terceira idade.
A cada novo dia, as montadoras descarregam sobre as estradas, centenas de novos veículos, com maior potência e tecnologia, para percorrer estradas com péssimas condições de rodagem e mal sinalizadas, capazes de, a cada momento, transformar um veículo em um monte de sucata e, preciosas vidas, em apenas lágrimas e lembranças.

Fonte:  J.A.