A nova audiência entre a Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) e a diretoria dos Correios, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), marcada para terça-feira (11), deve ser decisiva para pôr fim ao movimento que já dura 22 dias.
O presidente do TST, João Oreste Dalazen, determinou a abertura de dissídio coletivo e se os funcionários não aceitarem as propostas já oferecidas pela direitoria, vão sair no prejuízo.
Os sindicatos de todo o Brasil vão realizar assembleia geral na segunda-feira (10) para discutir se aceitam ou não a proposta oferecida na última audiência que inclui pagamento imediato de abono de R$ 800 mais aumento real de R$ 60 a ser pago no dia 1º de janeiro de 2012.
Seriam descontados ainda seis dias de trabalho em 12 parcelas. Os trabalhadores receberiam também reajuste de 6,87% retroativo a 1º de agosto. A proposta foi aceita pela diretoria dos Correios, mas rejeitada pelos trabalhadores.
O motivo do impasse é o desconto dos dias parados. Segundo os sindicatos, nenhuma proposta será aceita se houver descontos salariais.
Na quinta-feira (6), o presidente do TST havia determinado que 40% dos funcionários de cada unidade dos Correios voltassem ao trabalho na sexa-feira (7). A medida não foi atendida por 430 unidades dos Correios, das 7.486 empresas em todo o Brasil. No Acre, por exemplo, o sindicato não cumpriu. Por isso, a federação deve ser multada em R$ 50 mil.
No Acre, a greve atinge somente a capital. No interior os trabalhadores estão nos postos de trabalho normalmente, mas o impacto da greve chega até lá pelo fato das correspondências não estarem chegando de outros estados. Mais de 50 mil correspondências estão encalhadas do setor de Distribuição no Acre. (Ana Paula Batalha)
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