Estudo diz que consumo de entorpecentes entre estudantes caiu pela metade
Levantamento sobre o consumo de drogas entre alunos do ensino fundamental e médio da rede pública nas capitais brasileiras aponta queda de 49,5% no uso de entorpecentes, informaram nesta quinta-feira (16) a Senad (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas) e o Cebrid/Unifesp (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo).
Os pesquisadores ouviram 50.890 estudantes, com predomínio da faixa etária de 13 a 15 anos, sendo 31.280 da rede pública de ensino e 19.610 da rede particular. Como estes últimos entraram no levantamento apenas nesse ano, não possível comparar a evolução do consumo entre eles.
Ainda assim, os números mostram uma disparidade grande. Segundo o levantamento, 13,6% dos alunos de escolas privadas consultados afirmaram ter usado algum tipo de droga (exceto álcool e tabaco) nos 12 meses anteriores à pesquisa. Na rede pública, esse percentual é de 9,9%.
Entre os alunos da rede pública, 24,2% afirmaram já ter feito uso de drogas pelo menos uma vez na vida. Já entre os da rede privada, 30,2% admitiram já ter experimentado algum entorpecente.
Dentre as substâncias ilícitas mais consumidas estão maconha, cocaína, crack, anfetaminas, solventes, ansiolíticos, esteroides, LSD, êxtase, anfetamina e bebidas energéticas misturadas ao álcool.
A pesquisa, no entanto, verificou que o consumo de quase todas essas substâncias caiu nos últimos seis anos. A droga que apresentou maior percentual de redução foi o solvente, usada mais como cola de sapateiro. De 14,1% de uso recorrente, a droga caiu para 4,9%. Ainda está à frente da maconha, que caiu de 4,6% para 3,7%, e do crack, que apresentou redução de 0,7% para 0,4%.
A cocaína, no entanto, apresentou crescimento no consumo. Em 2004, 1,7% dos estudantes da rede pública afirmaram consumir a droga pelo menos uma vez ao ano. Em 2010, o percentual subiu para 1,9%.
O consumo de álcool caiu 35,1% entre os alunos de escolas públicas. Já o de tabaco, apresentou redução de 37,6%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário