quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Dengue deixa sete cidades pernambucanas em alerta

Em todo o Brasil, 163 municípios participaram da pesquisa; em Pernambuco 10 municípios realizaram o LIRAa
Da Redação do pe360graus.com

Levantamento realizado em 163 municípios do Brasil revelou que sete cidades de Pernambuco estão em situação de alerta contra a dengue. De acordo com a pesquisa do Ministério da Saúde, isso significa que entre 1% e 3,9% dos imóveis avaliados nesses municípios apresentaram larvas do mosquito. Outros três estão em condição satisfatória, isto é, com baixo nível de infestação do mosquito transmissor. Nenhum apresentou risco de surto, que se daria quando a taxa ultrapassa 4%.

Os dados são do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) 2009, realizado entre outubro e novembro. De todos os municípios pesquisados, 102 estão em alerta.

Em Pernambuco, dez municípios realizaram o LIRAa. Caruaru registrou o índice de infestação predial mais alto no estado. Na cidade do Agreste, 3,6% dos imóveis pesquisados apresentaram larvas do mosquito. No Recife, o índice registrado foi de 1,6%, menor que o do ano passado. Em 2008, a capital registrou 2,1%. Garanhuns passou de índice satisfatório para situação de alerta.

Município Estado
Índice de Infestação Predial
Camaragibe PE 2,7

Caruaru PE 3,6
Jaboatão dos Guararapes PE
1,7
Olinda PE
1,3
Garanhuns
PE 2,1
Recife PE 1,6
Vitória de santo Antão PE 1,6

Entre as 48 cidades nordestinas que participaram do levantamento, quatro estão em situação de risco de surto; 28 em alerta; e 14 em condições satisfatórias.

Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de casos de dengue notificados em todo o país caiu 46,3% entre 1º de janeiro e 1º de agosto deste ano, ante o mesmo período de 2008. Houve também queda proporcional no número de casos graves (79,2%) e de mortes causadas pela doença (63,2%). A redução ocorreu em 20 estados e no Distrito Federal. Em Pernambuco, 5.477 casos foram registrados no período em 2009, contra 39.162 em 2008.

De acordo com o LIRAa, diversos fatores contribuem para o aumento dos índices de infestação nas cidades pesquisadas, entre os quais a antecipação das chuvas com índices pluviométricos acima do normal em algumas regiões e as altas temperaturas. Mas o levantamento pondera que, até o momento, não é possível correlacionar o aumento somente a estas variáveis climáticas.

Os resultados dos municípios que realizaram o levantamento estão disponíveis no site do Ministério da Saúde.

CRIADOUROS
De acordo com o LIRAa 2009, a maioria das larvas no Norte e Nordeste foi encontrada em caixas d’água, tambores, tonéis e poços de água. No Norte, também chama atenção o índice de larvas presentes em lixo.

No Sudeste, 49% dos criadouros são depósitos domiciliares, como vasos, pratos, ralos e piscinas sem uso. Na região Centro-Oeste, predomina o lixo como criadouro das larvas do Aedes aegypti.

RESULTADOS REGIONAIS
A região Norte apresentou melhora nos resultados de infestação por larvas do mosquito Aedes aegypti. Entre 2008 e 2009, cresceu o índice de municípios em situação satisfatória e diminuiu o percentual dos que estão em estado de alerta.

Em relação ao ano passado, as regiões Nordeste e Sudeste têm quantidade maior de municípios em alerta e com risco de surto. Centro-Oeste e Sul apresentam menos municípios com índice satisfatório.

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