domingo, 20 de setembro de 2009


SAÚDE - O sono nosso de cada dia.

Nem todos precisam de 8 horas de sono para se sentir revigorados. Os pequenos dormidores, cerca de 2% das pessoas, carecem apenas de 5 a 6 horas. E os grandes dormidores, outros 2%, de 10 a 11. “O importante é que, ao acordar, você cante com os passarinhos, de tão bem disposto”, brinca Monica Andersen, professora de Medicina e Biologia do Sono da Unifesp.

Se a quantidade de sono pode variar, a qualidade tem de ser garantida, porque uma série de processos neurológicos e hormonais acontece quando adormecemos. No primeiro estágio do sono, entre 22 e 2 horas, o hormônio do crescimento é liberado. “Por isso, mesmo com toda a resistência, os adolescentes deveriam dormir mais cedo”, diz Monica.

É durante o sono também que o corpo regula o cortisol, hormônio do stress. Perto da hora de dormir, ele deve estar o mais baixo possível, porque, naturalmente, seu nível vai se elevar conforme a manhã se aproxima. “Não à toa, quando temos um compromisso importante no dia seguinte ficamos com o sono fragmentado. É o cortisol agindo.”

A pesquisadora explica que a ciência ainda não detectou o “botão liga-e-desliga” do corpo humano, “senão curaríamos a insônia”. Mas alerta que, quando vai chegando a hora de deitar, a temperatura do nosso corpo cai e, reagindo à escuridão, a melatonina, hormônio indutor do sono, é produzida. “Isso numa sociedade que respeita o ciclo claro-escuro, o que a nossa não tem feito. A dica é jantar à luz de velas e assistir à TV na penumbra”, sugere a professora.

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